segunda-feira, 29 de março de 2010

Risadas de Outono (...)

Ao clarear de um dia frio e intenso, cheio de lembranças... Dolorosas, inesquecíveis e ridículas.
Ao anoitecer, nos meus sonhos mais belos, da insônia mais agradável, da tua presença em mínimos detalhes. Das páginas em branco, dos mistérios que não quero resolver, dos dramas que não quero viver, do mundo irreal que quero esquecer ao final desse dia.
Das risadas de outono misturadas com suspiros, em noites de um luar frio com um céu  sem estrelas. De uma companhia vaga, morta, irrecuperável...  
Nada sobrou do distinto personagem de uma historia melodramática, esquisita, suicída. Nada sobrou do garoto que tinha muitas respostas para poucas perguntas. Nenhuma risada sobrou após esse doloroso verão, que demonstrou aos poucos a criação de uma mente vivida. De olhos reluzentes de palavras esquecidas. De um amor abandonado em plenas areias de um sol de verão, relembrado por um vento de outono que renascera nas chuvas do inverno e morrera na primeira flor da mais bela primavera.


(by: Tiago Angélico)

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