sexta-feira, 9 de abril de 2010

Rainy Day

A chuva cai. Lava a alma. Renova o mundo, espande essa nova geração de diversidade, de cultura, de gostos e ideologias.
A chuva cai. Leva as magoas de um mundo amedontrado com os acontecimentos que vem atigindo à milhares.
A chuva cai. Não é romântico estar chorando abaixo dela, como se o mundo fosse tão ruim assim.
A chuva cai. Todos reclamam quando faz sol demais, quando chove todos reclamam tambem. Reclamam de tudo, e nem se quer olham ao seu redor para agradecer a vida que tem.
A chuva cai. Eu sai em disparada. Corri debaixo dela, é tão fantastico. O mundo é perfeito.
A chuva não pára, o tempo tambem não. Como era bom ser criança, como era bom beijar você de baixo de milhares de particulas d'agua.
Meu medo se esconde dentro dos meus olhos cobertos por lentes embassadas, gritando um hino que você não custuma ouvir.
A chuva continua a cair. Me lembro daquelas gotas em seu rosto. Beijos molhados sempre me encataram. Ando quarteirões, a chuva continuar a cair. Todo enxarcado agradeço a Deus por ele me trazer tudo de volta.
A vida é sempre melhor para aqueles que gostam de se molhar.


(by: Tiago Angélico)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Noite sem pressa

Na noite os encantos tem mais graça, meu mundo cria asas, você não precisa voar comigo.
Na noite me sinto mais leve, saio pelas ruas. No final das contas você sempre me segue. Porque assim?
Na noite as coisas voltam, outras ficam. Você deveria vir mais vezes aqui.
Na noite meu amor suspiro, seus beijos me amedrontam, sinto seu coração. Meu mundo não costuma girar assim.
Na noite eu me perco, eu me acho, me encanto com coisas que no clarear não são notadas.
Na noite eu erro, acerto, corro perigo. Onde estão os meus amigos? Onde está você?
Na noite todos estão à dormir e só eu aqui. Só eu aqui, e o resto da humanidade desnorteados, dormindo... Sonhando. Sonhos esses que eu posso sonhar acordado, por toda a noite.
Na noite eu vivo mais, corro mais, sonho mais. A realidade de viver não é tão distante assim. Mas por você eu choro mais porque no fundo trata-me assim!
É, mais a vida é assim. Feita de noites de luta outras de glórias. Mas é na noite que tudo acontece. Tudo flui, tudo crer. É na noite que eu aprendo a viver. Voar ao encontro das gaivotas. (Vou sem pressa de voltar.)


(Juntos nesse texto: Pâmmela D. e Tiago Angélico)

A cor do Pecado

Ela encanta como ninguém. Sua pela reluz ao calor do dia ensolarado. Suas curvas inéditas, atraentes, enlouquecedor. Não é uma simples morena, seu jeito de menina atrai: Pensamentos compactos de mulher. Debate discute. Dança. Escreve. De onde vem tanta inspiração?

Bela como o sol. Seus cabelos flutuam no vento, paream no ar, parece piada, encanto meu! Mas não, ela age naturalmente, sem ensaios. Sua fala é mansa, suas ideologias surpreendentes, suas teorias convencem, me encanta. Ah, seus beijos maltrata, me desperta, seduzem. Meu coração palpita cada vez mais a vê-la.
A Morena! Não é domada, tão pouco comprometida, e como a lua vem solitária. Apega-se com as estrelas a noite. Às vezes nem dar o ar de sua graça.



(by: Tiago Angélico)

domingo, 4 de abril de 2010

Saboroso

O Amor não é feito de chocalate.
É doce, apenas. Atraente e negro, as vezes. Outras vezes branco, como as nuvens. Detalhados, não como chocalete.
Não, não, não. Aí seria enfeitar demais.

(by: Pâmmela D.)

Seres

Somos uma infinita e ilimitada construção.

                                                     Construção essa que não termina com uma

                          
                            simples - e provavelmente mutável - resposta,
                                            pois são muitas as dúvidas,
muitos os desmoronamentos
                               e os avanços.

Carroça vazia

Certa manhã o meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque.

Deteve-se subitamente numa clareira e perguntou-me:
- Além dos pássaros, ouves mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos e respondi:
Estou a ouvir o barulho de uma carroça.
- Isso mesmo, disse o meu pai, de uma carroça vazia.
Perguntei-lhe:
- Como sabe que está vazia, se ainda a não vimos?
- Ora, é fácil! Quanto mais vazia está a carroça, maior é o barulho que faz.
Cresci e hoje, já adulto, quando vejo uma pessoa a falar demais, aos gritos, tratando o próximo com absoluta falta de respeito, prepotente, interrompendo toda a gente, a querer demonstrar que só ele é dono da verdade, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai a dizer:
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Risadas de Outono (...)

Ao clarear de um dia frio e intenso, cheio de lembranças... Dolorosas, inesquecíveis e ridículas.
Ao anoitecer, nos meus sonhos mais belos, da insônia mais agradável, da tua presença em mínimos detalhes. Das páginas em branco, dos mistérios que não quero resolver, dos dramas que não quero viver, do mundo irreal que quero esquecer ao final desse dia.
Das risadas de outono misturadas com suspiros, em noites de um luar frio com um céu  sem estrelas. De uma companhia vaga, morta, irrecuperável...  
Nada sobrou do distinto personagem de uma historia melodramática, esquisita, suicída. Nada sobrou do garoto que tinha muitas respostas para poucas perguntas. Nenhuma risada sobrou após esse doloroso verão, que demonstrou aos poucos a criação de uma mente vivida. De olhos reluzentes de palavras esquecidas. De um amor abandonado em plenas areias de um sol de verão, relembrado por um vento de outono que renascera nas chuvas do inverno e morrera na primeira flor da mais bela primavera.


(by: Tiago Angélico)

Mudar pra quê?


Mudar é tolice. Mudar não traz nada de volta, não faz com que as coisas voltem e nem ao menos que o rio sangre.
Mudar é pura idiotice. Mudar não faz seus problemas acabarem nem sumirem, eles são muito maiores que isso.
O tempo não muda ninguém. O tempo lapida o que há de mais bruto dentro de nos mesmos.
Mudar é ingenuidade. Não traz ninguém de volta, não faz seu mundo girar novamente.
Mudar ocupa a mente, maltrata o coração, irrita a alma, mata os dias. Tudo isso porquê seu mundo é feito pra você e, não para à pessoa que você imaginar ser .


(by:TiagoAngélico)   

terça-feira, 16 de março de 2010

Os olhos Dela



Ela tem olhos azuis da cor do céu.
Ela tem olhos profundos que me despedaçam como papel.
Ela tem olhos, mas eles não me vêem. Não me tocam. Não me perseguem sobre a calçada, mas eu estou sempre lá, a esperar ela passar.
Eu estou sempre lá, olhando pra ela vendo o Mundo parar. Estou sempre a sua esperar e pra sempre vou estar.
Com meus olhos nela, por horas sem piscar. Ah, menina, quado você vai me notar?
Quando eu parar? Quando eu morrer? Quando eu entrar em depressão de tanto te olha e enlouquecer? Ou quando você simplesmente não mais existir pra mim?
Nem sei de tantas perguntas que só os olhos dela podem responder.
Aqueles olhos que me tiram o sono em madrugadas solitárias.
Aqueles olhos q me fazem secar varias garrafas de vinho em pleno luar.
Aqueles malditos olhos que não me deixam enxergar nada alem deles.
Aqueles Lindos Olhos que me viciaram em velos.
Aqueles olhos que só vou parar de olhar quando enfim, morrer. Porque nesse dia meus olhos fecharão pra Você.
E nunca mais, doce menina, nunca mais te olharei.



(Junto nesse texto: Vâninha)

Meu Amor por Você

Entre as poesias de um final de semana e um amor de primavera. Entre a luz de um dia nublado e a escuridão de um dia ensolarado. Entre as flores do inverno e o mundo de um presidiário que espera sua liberdade dentro de uma pequena cela, suja e fria. Entre um casamento de bordas de ouro e um beijo de carnaval. Entre o frio sol de 40ªC e uma flor em pleno deserto da solidão de Mississipi. Entre as visões de um cego sobre as pequenas enormes palavras de um dicionário. O verde da grama que nasce sobre o solo fértil do luar. Entre as metamorfoses de uma adolescente em crise e um velho que apenas espera sua hora final chegar. Entre a melodia dos meus suspiros e o som vago dos vaga-lumes à noite, movendo a escuridão com seu brilho e formas. Entre pequenas e grandes coisas, onde o médio é apenas o meio, a incógnita. Entre meu amor e o seu amor. Relativo, tão estranho. Confuso. Diferentes.


(by:TiagoAngélico)

Mortal


Tão letal como o sorriso mais lindo, entre as flores de um pequeno vale, entre vários precipícios a noite. Tão mortal como a guerra de séculos entre países inimigos ao silenciar de dois povos amedrontados. Tão fatal como um suspiro após um mergulho as profundezas do mais escuro e belo mar do norte. Tão carnal como o amor as escondidas de dois amantes em silêncio, de um suspiro amedrontado em plena luz da noite. Tão emocionante como um beijo de carnaval em pleno raiar do dia. Tão racional como a razão, antes mesmo da emoção embutida em sentimentos exagerados. Tão louca como um desejo proibído como a Nudez em pleno centro da cidade.


(by:TiagoAngélico)

segunda-feira, 15 de março de 2010

A banca emitida em amor e dor

Ironicamente vejo tudo o que aconteceu entre as flores e as chuvas dessas ultimas quatro estações. Entre os pingos de chuva sobre o solo frio do casino, de onde perdi todos os meus bens. Do casino onde deixei meu coração.
Oras, pra que ser tão realista, e contar a historia do final ao começo. De tudo e mais doloroso. A cada declaração, a cada aposta, a cada palpitação do meu coração que fico exposto sobre seu jogo. Roubado por suas cartas. Vendido por migalhas. Perdido em noites ao relento.
No começo só era um olhar nos seus olhos, vendo suas cartas brincando com tudo. Vendo ate onde você poderia chegar, ate onde seu coração poderia chegar. Agir com a mentalidade de um velho de mil anos em um corpo de um jovem sem barba, sem modos, sem medo, SEM MEDO. Ah perigo que me fazia bem. A cada lança, a cada música, a cada olhar, a cada cochicho em seu ouvido. Vendo seus delírios. Vendo seus suspiros. Com minhas cartas na mesa, com meu jogo embaralhado. Somente para você fui um astro, fui um gênio. Pensei em cada detalhe das flores jogadas ao chão. Ao cigarro em minha mão. Ate as batidas do seu coração. O vento que escutava com medo. Ate mesmo o final daquele escuro quarteirão. Tudo era pensado. Antecipado. Imaginado.
Mas não era bem assim. Eu não era um simples jogador nesses jogos de amor. Ou melhor, em todos os jogos a banca sempre vence. Diariamente o jogo foi virando cedendo, meu coração palpitando, meu pensamento corria entre seus cabelos e seus lábios. Suas músicas faziam-me suspirar. Suas estórias faziam-me pensar... E como eu pensava... A coragem virou medo. O perigo mudou de lado. As coisas ficaram mais escuras. O abismo desse jogo foi cedendo, o vinho acabando, as canções surgindo, a lua desaparecendo, meu dia morrendo, à noite durando e seus beijos me tirando a concentração de tudo. As minhas cartas, dos meus pontos, do meu mundo. Fui um tolo. Não esperei mais nada.
A minha razão que sempre esta acima de tudo. Meu conhecimento. Minha experiência. Tudo ficou branco! Mas como? Depois de tantas? Tornei-me um garoto de 13 anos. Louco. Agindo por emoções. Tomando vinho sem sentido de horas, sem ver as argumentações de pensamentos, sem sentir o que você sentia. Tudo em mim foi consumido. E quando vi estava ali, com minhas cartas abaixadas, te perdendo por agir sem pensar. Sendo derrotado por mim mesmo. O casino escuro ecoava suas musicas. O vento trazia seu cheiro. Viciei-me. Tentei erguer-me. Recebi conselhos de todos, para tentar sair de dentro de um abismo que me deixava louco. Faminto, alucinado. ...
Quanto mais eu perdia mais eu apostava, sem limites sem desculpas. Sem meus próprios conselhos. A cada canção o premio se distanciava mais. A cada passo em falso perdia mais bens, mais olhares, mais respirações, mais vida. A cada dia sentia-me mais viciado. Os vinhos não saciavam mais minha cede. As nuvens não tinham desenhos lindos o bastante. A noite não era mais tão longa (...) Os meses foram passando, as calçadas da vida me apoiando. A cada embriagues de espírito, a cada indecisão, nesse jogo que só me trouxe vício, fome, amor, decepção. Aos poucos fui pesando mais. Dali, vendo o mundo ficar parado, pequeno, vendo meu viver ser vivido por outras pessoas.
Decidi me tratar. Fui ao mar, mergulhei. Tratei-me aos poucos do casinoo. Da sua banca. O seu jogo foi se afastando. Meu vício diminuindo. Meu mundo ficando amplo. Recuperei meus bens. Voltei. Mais a verdade é: Uma vez viciado sempre viciado!
Abri um casino ao lado do seu. Aprendi com meus erros. Consumir-me mais.
Realmente minha melhor escolha foi abrir um casino ao lado do seu e agora meu bem, eu sou A banca aposte o que você quiser: Seus bens, suas roupas, seu coração. Não precisa ter medo, coisa que eu nunca tive. Perigo é perigo. Sem termo de devolução!

O Último Dia

Meu amor,
O que você faria
Se só te restasse um dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?


Ia manter sua agenda
De almoço, hora, apatia
Ou esperar os seus amigos
Na sua sala vazia?

Meu amor, o que você faria
Se só te restasse esse dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?

Corria "prum" shopping center
Ou para uma academia
Pra se esquecer que não dá tempo
Pro tempo que já se perdia

Meu amor, o que você faria
Se só te restasse um dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?

Andava pelado na chuva?
Corria pro meio da rua?
Entrava de roupa no mar?
Trepava sem camisinha?

Meu amor, o que você faria, em?
O que você faria?
Abria a porta do hospício
Trancava a da delegacia?
Dinamitava o meu carro?
Parava o tráfego e ria?

Meu amor, o que você faria
Se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?


   

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Meu próprio telhado


Pensa na vida, pára, olha, ver... sei lá! Tenta imaginar ás vezes ate mesmo sonha como seria o amanha como seria a vida .. Pensa em momentos, em beijos, em historias, tudo isso faz bem ás vezes; outras vezes faz a gente ver que tudo é tão distante de nos, tudo pode acontecer mais com certeza cada pensamento, cada hora deitado em minha cama olhando pro teto pensando no amanhã, no antes e no depois, só me lembra as coisas que não fiz e as coisas que estão muito distantes do meu alcance tudo isso só me faz ver que o Mundo não gira em todas as direções, mais sim embaixo das nossas camas a noite, para mostra outros tipos de telhados ...



É da VIDA

Tudo na vida tem que ser imaginado com um pouco de emoção. As melhores coisas são feitas por sentimentos exagerados.
De que adianta uma musica sem sentimentos, sem lembrança? Um beijo que não faz o tempo parar? Um filme que não faz chorar? Um romance que não acaba bem?
Por que às vezes queremos emoções de mais em nossas vidas, porque às vezes queremos que nossa vida se torne um filme. Por que queremos declarações em publico, flores em noite de luar. Por que queremos sentimentos, músicas, emoções, tudo que á gente de vez em quando só ver em um filme romântico na televisão (...) Por que tudo isso nos faz sentirmos vivos.
Os sentimentos, e essas emoções inéditas e surpreendentes nos fazem felizes? Faz agente simplesmente viver!

Maldita Garrafa de Amores

Últimos dias de toda minhas inspirações dramáticas, de toda nossas brigas, de todas palavras que já te falei... De tudo um pouco, do meu jeito dramático de ser; Ou ate mesmo irônico mais sempre sentimental. Sempre estou ali ausente mais sempre confuso e mais alegre. Minha voz estranha no seu ouvido meu jeito inconfundível de dizer as coisas.

E o que tenho falado nos meus últimos dias, nas minhas poucas horas. Apenas eu e meu litro de vinho solitário, confuso, sóbrio. Louco desesperado ou não? Um não que só me lembra aquele seu primeiro sim. Tantas palavras que só tenho lembrado das ultimas... Últimas inspirações de um tonto, largado e triste. Minhas palavras ferem-me como metal que retalha as nuvens, como ácido que perfura o solo sem atitudes sem rumores sem explicação que busca você. Nos meus últimos dias aqui sem direção e explicação.


Agora estamos distantes, sem chances de um novo começo. Isso há de acontecer logo agora, que olho pra garrafa vazia e vejo no fundo atrás do rótulo meus últimos dias. Minha fala se fecha para não dizer essa verdade que nos separa por entre vírgulas. As tempestades somem, o fogo apaga, os corações se enchem se erguem, o vinho acaba. As flores se abrem o vidro vazio já não jorra mais espumas, pingos, gotas. Meus olhos jorram águas. TU és meu mal do século. Meus Desejos foram inibidos, minha verdade é ridícula. Sou metade de mim. Graças aquela mera garrafa.

Não consigo te imaginar sentada sozinha. Não consigo te imaginar na mesa de um bar.

Olho pra mim olho para o público. De nos olho pra tudo, assim vejo-nos, vejo o mundo e ouço nossa antiga canção. Coincidência ou verdade; Se é ou não, não sei. Vai ver é mais uma do destino pregando na gente nessas esquinas, no estacionamento. Estacionamento que vaga mais e mais, enquanto eu bebo essa velha garrafa sem sentindo olhando pro céu vendo as estrelas e pensando em nós.


Pensando em te encontrar, corro em todo estacionamento, deixo a garrafa ao chão. Fui até as trevas. Não te achei. Fui à lua, contornei Vênus. Não te achei. Tentei sonhar, tentei entrar no mar, tentei ir a tua casa. Não te achei. Procurei dentro de mim e não te achei. Não se permitiu entrar, não me permitiu deixar, não me permitiu ver, não me permitiu sentir, tantas coisas tantas palavras tantas dores. Logo assim tudo se permite tudo se modifica, sem você e a garrafa. Sem meu futuro também. Pois deixe tudo adentro da sua porta, olho pela fechadura e de lá eu vejo meus últimos dias.


Agora quando corro, tropeço. Quando respiro, tusso. Quando sonho, não durmo. Não és de todo mal, não me faz tão mal. E aquela garrafa já não existe mais, ela secou. Só restaram nossas diferenças q me sufocam, nossas manias q me repreendem. Fujo das esquinas, me perco em ruas sem saídas. É mais fácil não pensar em ti quando tento me encontrar.

De tudo isso só sabe que mesmo tossindo, tropeçando em tudo a cada palavra, em nós agora. Sem vinho, sem vida. Sem nada. Posso correr, posso morrer. Chorar e ser feliz por querer nesses últimos dias. E nesta noite, sei que não estará sozinha. Sei que vai deixar de se importar. Quanto a mim, pegarei o primeiro ônibus, rumo a teus descompassos e passos.

E no bar, pedirei: “Uma mesa individual e um vinho, por favor.” E tu, continuarás a não se importar..



(Junto nesse texto: Pâmmela D.)